Notícias

Refinaria Abreu e Lima custará até 3 vezes mais que no resto do mundo

Cálculo foi divulgado pela Agência Internacional de Energia (AIE). América Latina continuará a ser um grande importador de produtos de petróleo no médio prazo, sobretudo procedentes dos EUA, mas a dependência de importação continuará inalterada.
Assis Moreira | Valor Econômico
17 de junho de 2014 às 10:59
GENEBRA  -  A Agência Internacional de Energia (AIE) diz que a construção da refinaria Abreu e Lima pela Petrobras, em Pernambuco, vai custar até três vezes mais do que qualquer projeto com capacidade similar no resto do mundo.


A agência nota que o custo de cerca de US$ 20 bilhões, pela última estimativa para esse projeto, é equivalente a “duas ou três vezes mais que o custo de capacidade de refino semelhante que está sendo construído no resto do mundo”.
 

Apesar de o Brasil planejar duas novas refinarias, a Abreu e Lima e a da Comperj no Rio de Janeiro, ambas com atraso, cortes no orçamento da Petrobras vão afetar a expansão da capacidade de refino na América Latina.
 

A AIE nota que a companhia brasileira, no rastro de perdas nas atividades de “downstream” (transporte e distribuição de produtos da industria de petróleo) e restrições de caixa, anunciou redução de US$ 26 bilhões nos investimentos de “donwstream” para 2014-18.
 

Assim, apesar do rápido crescimento do déficit e aumento na demanda de produtos de petróleo, a capacidade de refino na América Latina nos próximos cinco anos deve ter uma expansão mínima.
 

No geral, avalia a AIE, a América Latina continuará a ser um grande importador de produtos de petróleo no médio prazo, sobretudo procedentes dos EUA, mas a dependência de importação continuará inalterada.
 

A agência destaca que a indústria de refino entra na idade da globalização e continuará uma forte expansão e reestruturação até 2020.
 

Apesar do cancelamento de projetos na América Latina e na China, a capacidade global de refino deve crescer significativamente.
 

A distribuição geográfica da nova capacidade é altamente desigual e quase inteiramente fora dos paí ses desenvolvidos. Até o fim da década o mapa do refino global, assim como dos fluxos comerciais de petróleo, ficará quase irreconhecível, com enormes hubs na Ásia, Oriente Médio e nos EUA.
 

Na Ásia e no Oriente Médio, o aumento da produção regional estimula a expansão das refinarias e alguns países deverão aumentar suas exportações.



Leia mais em:

http://www.valor.com.br/empresas/3586636/refinaria-abreu-e-lima-custara-ate-3-vezes-mais-que-no-resto-do-mundo#ixzz34uAYt2KA

Sou associado
E-mail ou Usuário(ID):
Senha:
Fórum da AUDITAR
 
Consultoria Jurídica
Twitter   Facebook   RSS
AUDITAR © 2024