AUDITAR pede cassação de distritais envolvidos em esquema de corrupção

A AUDITAR, em ação conjunta com as entidades Adote um Distrital e Observatório Social, protocolou, na manhã desta quinta-feira (25/08), cinco representações pedindo a abertura de processo disciplinar contra a presidente afastada da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS), bem como os deputados distritais Julio Cesar (PRB), Bispo Renato (PR), Raimundo Ribeiro (PPS) e Cristiano Araújo (PSD). Os parlamentares foram citados em gravações feitas pela deputada Liliane Roriz (PTB), que revelaram um novo esquema de corrupção na Casa envolvendo a liberação de recursos para UTIs mediante a cobrança de propina de empresários do setor.

De acordo com o presidente da AUDITAR, Paulo Martins, os áudios divulgados apontam  que Celina Leão infringiu a lei ao trabalhar para que emendas parlamentares fossem destinadas à Saúde em troca do pagamento de propina pelos beneficiados, além de comprar apoio político ao trocar cargos por votos e contratar servidores comissionados sem qualificação que atuaram em sua campanha política.

“Temos evidências de crimes gravíssimos cometidos pela presidente e pela Mesa Diretora da Câmara Legislativa. A abertura do processo é o mínimo que a sociedade espera neste momento, em que mais uma vez a credibilidade desta Casa e dos agentes políticos que a regem é atirada ao lixo”, afirmou Martins. O trâmite, no entanto, é longo. Para que cheguem à Comissão de Ética e sejam votados no Plenário, os pedidos precisarão ser aceitos pela Procuradoria Legislativa e pela Mesa Diretora, a quem caberá a decisão de dar continuidade à investigação. 

Leia na íntegra as principais matérias divulgadas pela mídia sobre o caso:

- G1: Entidades do DF pedem cassação de distritais suspeitos de receber propina

- Correio Braziliense: Entidades pedem cassação do mandato dos deputados envolvidos em escândalo

- Jornal de Brasília: Entidades protocolam pedido de cassação de parlamentares da CLDF

- Portal Metrópoles: Entidades protocolam pedido de cassação do “bonde da propina”