Uma das questões mais aguardadas pelos auditores foi tratada no painel “Plano de Carreira e Pautas remuneratórias”. Para falar sobre isso, foram convidados o presidente do Sindilegis, Petrus Elesbão, o vice-presidente do Sindicato pela Câmara dos Deputados, Paulo César Alves, o secretário de Gestão de Pessoas do TCU, Fernando Eira, e a diretora de Controle Externo e de Aposentados da Auditar, Salete Fraga, responsável pela mediação do painel.
O presidente do Sindilegis, Petrus Elesbão, destacou conquistas recentes para os servidores do Tribunal, como o reajuste dos auxílios creche e alimentação, e alertou para os desafios que a categoria enfrentará em relação às próximas recomposições salariais: “O momento político é delicado. Estamos amarrados pela emenda 95, pelo teto remuneratório. É preciso avaliar com cuidado como e pelo que lutar. E para isso, é imprescindível que a categoria permaneça unida e mobilizada”.
Elesbão também citou a ação do Governo para denegrir o servidor público e alertou para o fato de que os servidores precisam fortalecer as entidades, “pois é o trabalho dessas instituições que podem reverter esse quadro”.
Paulo César Alves, vice-presidente do Sindilegis para a Câmara dos Deputados, falou também sobre sua experiência de 25 anos na Comissão de Orçamento da Câmara dos Deputados e fez uma análise do trabalho do Sindicato sobre pautas remuneratórias no atual cenário político, especialmente imprevisível. “Por conta do cenário político delicado, é preciso avaliar como e pelo que lutar e, para isso, precisamos que nossa categoria se manifeste”.
Para o secretário-geral de Gestão de Pessoas do TCU, Fernando Eira, o grande desafio está na Emenda Constitucional 95/2016, que congela gastos e limita investimentos: “Hoje temos esse limitante e o Governo usará facilmente o fato de ainda termos um plano de recomposição salarial com parcela a ser recebida em janeiro. Antes disso eu não acredito numa negociação”.
Ministro Nardes fala sobre boas práticas de governança
Convidado especial do Congresso dos Auditores de 2018, o ministro Augusto Nardes participou do painel “Um olhar sobre o futuro no Brasil: os desafios da governança”.
Ao lado do auditor do TCU, Jetro Coutinho, Nardes destacou a grave situação em que o país se encontra e completou que é preciso que o próximo presidente da república eleito implemente boas práticas de governança para se evitar um colapso.
O ministro também falou sobre a parceria com o Instituto Serzedello Corrêa para instruir a alta gestão do governo a gastar com responsabilidade e eficiência, e que foram estudadas boas práticas de governança em vários países para que agora sejam implementadas.