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Câmara mantém veto ao reajuste dos servidores

O presidente da Auditar, Wederson Moreira, questiona que a "conta" deve ser partilhada entre os diversos setores da sociedade, como grandes empresas e o mercado financeiro.
Comunicação Auditar
21 de agosto de 2020 às 18:02

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (20), a manutenção ao veto 17/2020, do presidente Jair Bolsonaro, que congela a remuneração dos servidores públicos até dezembro de 2021. O veto havia sido rejeitado pelo Senado na sessão conjunta de ontem (19/08).

 

Por 316 a 165, o congelamento atinge, entre outros, os servidores públicos que atuam na linha de frente no combate ao coronavírus, como os agentes socioeducativos, profissionais de limpeza urbana, de serviços funerários e de assistência social, trabalhadores da educação pública e profissionais de saúde da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

 

O presidente da Auditar, Wederson Moreira, questiona que a "conta" deve ser partilhada entre os diversos setores da sociedade, como grandes empresas e o mercado financeiro.

 

“O governo adia reajustar os salários daqueles que estão ajudando diretamente a sociedade no combate ao COVID, e concede mais de R$ 300 bilhões por ano em renúncias fiscais a empresas. Precisamos distribuir a conta da crise entre todos os setores, não apenas entre os servidores”, afirmou o presidente da Auditar, Wederson Moreira. 


Votação


A sessão começou tumultuada. Parlamentares da oposição tentaram adiar a votação defendendo que a sociedade brasileira deveria ser melhor informada sobre o que estava sendo votado. Ao contrário da defesa de deputados da ala governista, parlamentares da oposição esclareceram que a derrubada do veto não impunha nenhum impacto orçamentário programado, o que há é a defesa de direitos dos servidores que atuam na linha de frente.

 

Deputados como Carlos Zarattini (PT-SP) e Alessandro Molon (PSB-RJ) questionaram a disseminação de argumentos falaciosos por Guedes. "Quero ver o Paulo Guedes vir aqui no Plenário da Câmara mostrar de onde tirou que a derrubada do veto 17 vai custar mais de 100 bilhões", disse o deputado Zarattini. "O governo impõe uma narrativa de impacto bilionário inexistente", acrescentou Molon.

 

O deputado Subtenente Gonzaga (PDT-MG) disse que servidores estão pagando duas vezes por uma conta que não é da categoria. Para o deputado, o uso dessa narrativa falsa e mentirosa é um peso como se servidores estivessem querendo sangrar o Brasil. "É preciso que se faça justiça. Os que serão atingidos serão os que ganham menos", apontou.

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