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Auditores do TCU constatam péssimo estado de UPAs recém construídas

Obras recentes de UPAs apresentam problemas graves em todo o país. Investigação do TCU visitou 26 unidades e encontrou diversas falhas. Entre problemas estão rachaduras em pisos e teto e paredes danificadas. Paciente compara instalações a "chiqueiro"
Bom dia Brasil
19 de fevereiro de 2014 às 14:04

O Bom Dia Brasil encontrou Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs, em péssimo estado por todo o país, com rachaduras, vidros quebrados, infiltrações. Os problemas foram levantados pelo Tribunal de Contas da União.

O surpreendente é que muitas unidades têm pouco tempo de construção, custaram milhões de reais e já estão cheias de problemas.

Os auditores visitaram 26 Unidades de Pronto Atendimento. Elas foram criadas para desafogar as emergências dos hospitais, mas os problemas surgem antes mesmo do início das obras, com a falta de projeto.

Em Porto Alegre, circular pela UPA só sobre rachaduras, que se espalham pelos corredores, salas de atendimento e consultórios. Problemas também nos rodapés, sem falar nas paredes danificadas e descascadas.

É uma pena, por causa que poderia estar melhor, entendeu? Pelo pouco tempo que está, poderia estar bem melhor”, afirma o paciente Alexsandro Lencina.

A UPA tem pouco mais de um ano. Custou mais de R$ 4 milhões e, apesar da auditoria do Tribunal de Contas da União no ano passado, as falhas não foram resolvidas.

Podia se ter cuidado um pouco mais, porque é saúde. Saúde não é só atender e pronto, largar assim que nem um chiqueiro”, lamenta a paciente Gabriela Barone.

Do outro lado do país, em Icoaraci, no Pará, o piso e o teto racharam. Os consultórios têm ralos, proibidos onde pacientes são examinados ou tratados.

Na UPA de Teresina faltaram instalações para gases medicinais, essenciais no atendimento de uma Unidade de Pronto Atendimento. A obra atrasou, ficou quase 30% mais cara e ainda não recebeu um paciente sequer.

No Núcleo Bandeirante, Distrito Federal, logo na entrada a calçada toda rachada, e um vidro está quebrado e remendando com papelão e fita adesiva. A auditoria havia encontrado painéis metálicos amassados e estruturas quebradas.

A UPA de Samambaia tem um problema comum nas UPAs de todo o Brasil: a falta de janela e exaustores. Sem isso não há circulação de ar, o que, segundo os auditores, favorece a proliferação de doenças.

O piso está bom, mas a entrada um caos. Rampa de acesso só do outro lado do portão.

É um desrespeito às pessoas”, afirma um líder comunitário.

E há ainda infiltrações, como no caso da UPA de Formosa, em Goiás. No total foram analisadas 26 Unidades de Pronto Atendimento em todo o país.

Além de materiais inadequados, outro grande problema foram os projetos. Para o TCU, as obras são recentes demais para apresentarem tantos problemas. O relatório foi enviado ao  Ministério da Saúde.

Que o ministério adote alguma medida não só para corrigir os problemas detectados nessas 26 obras, como para evitar ocorrências futuras em novas construções”, afirma o gerente de fiscalização de obras do TCU, José Ulisses Vasconcelos.

O Ministério da Saúde não quis gravar entrevista. Disse que se forem confirmadas as irregularidades que aparecem no relatório do TCU vai suspender o repasse de recursos.


Leia mais em:

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2014/02/obras-recentes-de-upas-apresentam-problemas-graves-em-todo-o-pais.html

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