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Petrobrás evacua plataforma que inclinou

Plataforma de perfuração a serviço da Petrobras sofre inclinação. Um contingente mínimo de 36 técnicos especializados ficou para restaurar as condições normais de operação.
Reuters
28 de fevereiro de 2014 às 15:14

RIO DE JANEIRO, 28 Fev (Reuters) - Uma plataforma de perfuração de poços de petróleo a serviço da Petrobras sofreu inclinação na madrugada desta sexta-feira na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro, e a maioria dos trabalhadores a bordo precisou deixar a unidade.

 

O incidente ocorreu devido a alagamento em um dos tanques da embarcação responsável pelo controle da estabilidade da unidade, segundo nota da Petrobras. Houve uma falha na válvula do sistema de lastro, acrescentou a empresa.

 

"As equipes de emergência atuaram imediatamente, tendo sido tomadas todas as medidas necessárias para o controle da ocorrência. A unidade foi estabilizada e desconectada do poço, que se encontra em condições de segurança", afirmou a Petrobras em nota, esclarecendo ainda que não houve vítimas.

 

A plataforma pertence à multinacional Noble.

 

Segundo a estatal, foi realizado o desembarque marítimo de 77 pessoas, por meio de embarcações de apoio, mas um contingente mínimo de 36 técnicos especializados ficou para restaurar as condições normais de operação.

 

A sonda Noble Paul Wolff, que não faz produção comercial de petróleo, sofreu a inclinação por volta de 1h da manhã desta sexta.

 

"A tripulação executou prontamente as ações corretivas, inclusive protegendo a integridade do poço", afirmou a Noble, em nota.

 

A retomada da atividade de perfuração deve ser rápida, segundo avaliou uma fonte da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que pediu para não ser identificada.

 

A plataforma estava no campo de Marlim, na Bacia de Campos, para reparo de um poço, segundo o diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e membro do Conselho de Administração da Petrobras, José Maria Rangel.

 

Marlim é um dos principais campos produtores da Petrobras. A estatal atua na região na camada pós-sal já há muitos anos, mas a área também tem acumulações na camada pré-sal, mais profunda.

 

A plataforma tinha capacidade para abrigar 125 trabalhadores, segundo informações da Noble, e havia 113 pessoas a bordo no momento do incidente, conforme relato de representantes sindicais ouvidos pela Reuters.

 

Segundo o diretor da FUP e conselheiro da Petrobras, a Paul Wolff chegou a atingir inclinação de 3,5 graus, o limite para a realização de reparos ainda com tripulantes a bordo.

 

A Noble também informou que não houve vazamentos ou registro de poluição na plataforma, também denominada SS53 dentro do sistema da Petrobras.

 

Trata-se de uma plataforma semissubmersível de posicionamento dinâmico para perfuração, completação e intervenção em poços de petróleo.

 

Nesse tipo de posicionamento não há ligação física da plataforma com o fundo do mar, exceto pelos equipamentos de perfuração.

 

A plataforma, com bandeira da Libéria, foi construída em 1980 e foi atualizada em 2006, segundo ficha disponibilizada pela Noble.

 

No fim de dezembro do ano passado, também no Campo de Marlim, a plataforma P-20 da Petrobras ficou paralisada por causa de um incêndio.

 

O problema com a sonda Paul Wolff ocorre em meio a recentes notícias de que a Petrobras poderia enfrentar novas paralisações em suas plataformas de produção na Bacia de Campos, se não resolver questões de segurança.

 

No início da semana, a Petrobras informou que órgãos de fiscalização tinham auditado diversas plataformas da empresa, apontando não conformidades e pontos de melhoria das condições operacionais, que, segundo a estatal, têm recebido adequado tratamento.

(Por Sabrina Lorenzi e Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro, e Marcela Ayres, Roberta Vilas Boas e Gustavo Bonato, em São Paulo; Edição de Roberto Samora e Cesar Bianconi)

 

 

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http://br.reuters.com/article/topNews/idBRSPEA1R05P20140228?sp=true

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