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Ideli cogita ser indicada para o TCU

A ex-ministra Ideli Salvatti admitiu, em entrevista concedida ao repórter Gerson Camarotti, que não descarta a possibilidade de ocupar uma vaga no TCU, caso o nome dela consiga o apoio no Senado para substituir o atual ministro José Jorge.
Blog do Camarotti | G1
27 de março de 2014 às 23:39

Do seu gabinete no Palácio do Planalto com vista para o Congresso Nacional, a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, fez um balanço dos dois anos e 9 meses à frente da articulação política do governo.

"Com poucos instrumentos políticos que tivemos e com as condições que me foram dadas, foi um resultado positivo", disse Ideli durante uma longa conversa com o Blog.

"Tudo o que a presidente Dilma quis aprovar, conseguimos. Inclusive, nesta reta final, o Marco Civil da internet, que mantivemos tudo o que era inegociável. Por exemplo, nós não tivemos nada parecido com a derrota da CPMF", disse Ideli, ao lembrar a queda do imposto para financiar a saúde, durante o governo do ex-presidente Lula.


Ideli Salvatti bateu recorde de permanência nas Relações Institucionais, um cargo que costuma trazer muitos desgastes.Ainda mais na gestão da presidente Dilma, que esvaziou a articulação política. Neste período, a ministra também sofreu ataques internos da bancada do PT na Câmara, que não aceitou a permanência dela no Palácio do Planalto.


"Tive que lidar com fogo amigo", desabafou a ministra ao Blog. "Apesar disso, acho que o resultado foi bom", completou.


No meio da conversa, Ideli fez uma avaliação sobre a dificuldade das mulheres no comando de cargos estratégicos no governo. "Tem um pouquinho de machismo, sim", ressaltou. "Somos diferentes", completou.


"Há um certo ineditismo de fazer política no governo Dilma. Até então, havia uma forma muito masculina de fazer política", disse Ideli, ao lembrar que, até pouco tempo, dos seis principais cargos no governo, cinco eram ocupados por mulheres – em referência à presidente Dilma, a ex-ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a ex-ministra de Comunicação Social, Helena Chagas, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e ela, Ideli.


"Deste grupo, só o Ministério da Fazenda é comandado um homem, Guido Mantega", lembrou Ideli.


Segundo a ministra, Dilma começou a conversar com ela sobre a possibilidade de deixar a pasta das Relações Institucionais no fim do ano passado. Num telefonema, Dilma foi direta: "Dedé, temos que conversar", disse a presidente, chamando a ministra pelo apelido carinhoso.


Deste então, as duas passaram a analisar possibilidades sobre o futuro de Ideli. Dilma queria ganhar tempo para ver como seria o cenário eleitoral em Santa Catarina. Dilma tinha a esperança de que Ideli poderia disputar uma vaga no Senado, mas o diretório regional do PT excluiu a possibilidade.


Diante disso, a Secretaria de Direitos Humanos passou a ser a principal opção de Dilma para Ideli. "Volto ao começo", disse a ministra em referência ao fato de ter fundado no fim dos anos 1970 o primeiro centro de defesa dos direitos humanos de Santa Catarina, em Joinville.


Ideli também lembra que foi dela o capítulo sobre livre orientação sexual na constituição estadual catarinense. Além de "Dedé", Dilma costuma chamar Ideli de "HighDeli".


"Dilma é muito solidária. Muitas vezes é durona. Mas, também, costuma colocar a gente no colo", disse a ministra ao Blog.


Sobre o futuro, Ideli deixa em aberto. Porém, ela não descarta a possiblidade de ocupar uma vaga no Tribunal de Contas da União, caso o nome dela consiga o apoio no Senado para substituir o atual ministro José Jorge.


Leia mais em:

http://g1.globo.com/politica/blog/blog-do-camarotti/post/de-dilma-para-ideli-dede-vamos-conversar.html

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