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Lobão admite necessidade de reduzir consumo de energia

O Ministro Edson Lobão admite realizar campanha para evitar falta de energia na Copa e confirma, novamente, que haverá aumento na conta de luz em 2015. Mas o ministro descarta risco de haver racionamento de energia.
Agência Estado | The Wall Street Journal
28 de março de 2014 às 09:28

Ao contrário dos últimos meses, em que garantia zero risco de faltar energia no País, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, mudou o discurso. Em entrevista ao Wall Street Journal, ele admitiu, pela primeira vez, a hipótese de o governo lançar uma campanha para encorajar a população a reduzir o consumo de energia elétrica, voluntariamente. A medida pode ajudar a garantir que não exista quaisquer cortes de energia durante a Copa do Mundo.

 

Segundo ele, se as chuvas não aumentarem em abril ou maio, os reservatórios das hidrelétricas podem ficar comprometidos. O ministro disse que não deve haver nenhum racionamento de energia, o que poderia ser um dor de cabeça para a presidente Dilma Rousseff em um ano em que o Brasil sedia a Copa do Mundo e ela se prepara para a campanha de reeleição.

 

 

"Não estamos trabalhando com a hipótese de racionamento de energia", disse Lobão. "Temos a convicção de que isso não será necessário". No final do mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2001, o governo foi obrigado a decretar um racionamento de energia por causa do baixo nível dos reservatórios. O programa previa multa aos clientes que não cumprissem a meta de redução de consumo - uma medida que foi bastante impopular. "Não estamos planejando cobrar mais das pessoas que não economizarem energia", disse Lobão. "Não vamos repetir o que ocorreu em 2001".

 

 

O Brasil enfrenta uma das secas mais severas em décadas e alguns analistas acreditam que é grande a chance de um racionamento neste ano, talvez até mesmo nos meses de junho e julho, quando ocorre a Copa do Mundo.

 

Para evitar problemas durante os jogos do mundial, o governo instalou duas subestações de energia elétrica em cada um dos 12 estádios que receberão os jogos, informou Lobão, destacando que não há risco de apagões durante o torneio.

 

O ministro disse ainda que a demanda de energia não deve atingir picos durante a Copa do Mundo porque empresas e fábricas devem paralisar suas atividades nos horários dos jogos.

 

Alguns analistas sugerem que o governo está atrasado e que deveria tomar medidas mais cedo, em vez de esperar por abril ou maio. Lobão disse, no entanto, que o governo não quer começar um programa de eficiência energética até que seja absolutamente necessário, para evitar a propagação do medo de escassez real de energia. Agir agora "poderia ser entendido como o despertar do racionamento", disse o ministro.

 

Lobão afirmou também que o governo optou por não elevar os preços da energia neste ano porque não se sabe quanto de dinheiro extra será necessário para cobrir os custos da ligação das térmicas. O ministro negou que a decisão de não ajustar as contas teve caráter político e disse que os valores terão de subir em 2015.  

(Dow Jones Newswires)


Leia mais em:

http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,lobao-admite-realizar-campanha-para-evitar-falta-de-energia-na-copa,180629,0.htm

Leia a entrevista original em The Wall Street Journal (em inglês, somente para assinantes):

http://online.wsj.com/news/articles/SB10001424052702303325204579465680771420074?KEYWORDS=lob%C3%A3o&mg=reno64-wsj&url=http%3A%2F%2Fonline.wsj.com%2Farticle%2FSB10001424052702303325204579465680771420074.html%3FKEYWORDS%3Dlob%25C3%25A3o

 


 

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