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Pasadena de novo em pauta no TCUPasadena: TCU retoma caso quarta-feira e deve incluir Graça Foster entre responsáveis. O GLOBO revelou que o tribunal responsabilizou em lugar de Graça um ex-diretor que já tinha deixado a companhia.Eduardo Bresciani | O GLOBO
02 de agosto de 2014 às 10:45
BRASÍLIA - O Tribunal de Contas da União (TCU) vai retomar a análise do caso da compra de refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, e deve corrigir o erro no acórdão que deixou fora da lista de responsáveis a atual presidente da Petrobras, Graça Foster. O ministro José Jorge pediu a inclusão do processo na ordem do dia da próxima quarta-feira. O GLOBO revelou que órgão de controle responsabilizou no lugar de Graça um ex-diretor que já tinha deixado a companhia quando foi tomada uma das decisões sobre Pasadena consideradas irregulares. A troca poupou a presidente da Petrobras de ter os bens declarados indisponíveis por um ano, medida adotada em relação aos outros responsáveis.
José Jorge afirmou que o erro seria “corrigido” e ministros ouvidos pela reportagem disseram não ver dificuldade em incluir Graça Foster porque a decisão tomada pela diretoria da qual ela fez parte já foi condenada. O posicionamento adotado pela Petrobras em 2009 de não cumprir uma sentença arbitral que obrigava a compra da segunda metade da refinaria aumentou o prejuízo no negócio em US$ 92,3 milhões, nas contas do TCU. No acórdão, foram incluídos como responsáveis pela decisão, entre outros diretores, Ildo Sauer e Nestor Cerveró, mas eles não integravam mais a companhia e seus cargos eram ocupados por Graça Foster e Jorge Luiz Zelada. Os dois ex-diretores que não participaram da decisão de prolongar a disputa com a Astra respondem, entretanto, por outras causas do prejuízo. Sauer e Cerveró estavam na reunião de fevereiro de 2006 em que se decidiu pela compra da primeira metade da refinaria, o que causou prejuízo de US$ 580,4 milhões nos cálculos do tribunal. Cerveró é ainda citado por ter enviado à Astra uma carta de intenções de compra da segunda metade, em 2008, o que elevou o prejuízo em US$ 79,8 milhões nas contas do TCU. O TCU abriu tomada de contas especial para avaliar a necessidade de devolução de US$ 792,3 milhões aos cofres da Petrobras devido ao prejuízo com a operação. Os conselheiros, entre eles Dilma, foram excluídos do rol de responsáveis.
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