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COPOM eleva taxa de juros: 11,25%

Após as eleições, Copom surpreende e sobe juros para 11,25% ao ano Mercado financeiro acreditava que juros seriam mantidos em 11% ao ano. Inflação soma 6,75% em 12 meses até setembro, mas atividade está fraca.
Alexandro Martello | G1
29 de outubro de 2014 às 20:25

Em sua primeira reunião após a reeleição da presidente Dilma Rousseff, o Comitê de Política Monetária (Copom), colegiado formado pelo presidente e diretores do Banco Central, surpreendeu ao elevar a taxa básica de juros da economia brasileira de 11% para 11,25% ao ano. Foi a primeira elevação desde abril deste ano.


A decisão surpreendeu a maior parte dos economistas do mercado financeiro, que apostavam maciçamente em nova manutenção da taxa básica da economia em 11% ao ano. A decisão acontece em um momento de fraca atividade econômica, embora a inflação em doze meses até setembro tenha somado 6,75% - acima do teto de 6,5% do sistema de metas brasileiro.


O próprio Banco Central havia sinalizado, na ata da última reunião, que os juros não deveriam ser reduzidos. Na ocasião, informou que seria plausível afirmar que, levando em conta estratégia de não redução do instrumento de política monetária (juro), a inflação tenderia a entrar em trajetória de convergência para a meta nos trimestres finais do horizonte de projeção (2016).


Segundo analistas, vários fatores que influenciam a inflação se contrapõem neste momento. O baixo nível de atividade e a queda dos preços das "commodities" (produtos básicos com cotação internacional) atuam para conter a inflação, ao mesmo tempo em que a alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia, combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros), continuam pressionando os preços. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos reais de salários, segue elevada.


A decisão do Copom, entretanto, não foi unânime. Votaram pela elevação da taxa Selic o presidente da instituição, Alexandre Tombini, além dos diretores Aldo Mendes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton e Sidnei Corrêa Marques. Votaram pela manutenção da taxa Selic em 11% ao ano os seguintes integrantes do Comitê: Altamir Lopes, Luiz Awazu Pereira da Silva e Luiz Edson Feltrim.


Ao fim do encontro, foi divulgada a seguinte explicação: "Para o Comitê, desde sua última reunião, entre outros fatores, a intensificação dos ajustes de preços relativos na economia tornou o balanço de riscos para a inflação menos favorável. À vista disso, o Comitê considerou oportuno ajustar as condições monetárias de modo a garantir, a um custo menor, a prevalência de um cenário mais benigno para a inflação em 2015 e 2016".


Leia mais em:

http://g1.globo.com/economia/noticia/2014/10/apos-eleicoes-copom-surpreende-e-sobe-juros-para-1125-ao-ano.html

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