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Dívida da Petrobras sobe mais R$ 18,5 biPetrobras fecha pacote de R$ 9,5 bi com bancos nacionais para salvar contas deste ano. Além desse montante, a companhia anunciou um negócio envolvendo plataformas de produção de petróleo no valor de US$ 3 bilhões — cerca de R$ 9 bilhões.CORREIO BRAZILIENSE
18 de abril de 2015 às 10:28
A Petrobras fechou um pacote de R$ 18,5 bilhões com três grandes bancos nacionais e um estrangeiro para sustentar as operações até o fim do ano. Entre financiamentos e limites de crédito pré-aprovado, a estatal vai receber R$ 9,5 bilhões — dinheiro para aliviar o caixa da empresa, que enfrenta dificuldades na captação de recursos no mercado por causa do escândalo de corrupção em que está mergulhada. Além desse montante, a companhia anunciou um negócio envolvendo plataformas de produção de petróleo no valor de US$ 3 bilhões — cerca de R$ 9 bilhões. "Essas operações, somadas a outras já executadas neste ano, atendem às necessidades de financiamento da companhia para 2015", informou a petroleira, em comunicado ao mercado. A maior parte do crédito virá dos dois bancos oficiais, o Banco do Brasil e a Caixa. Com o BB, a Petrobras obteve um financiamento de R$ 4,5 bilhões, na modalidade de nota de crédito à exportação, por meio da subsidiária BR Distribuidora, pelo prazo de seis anos. Também foram aprovados limites de crédito pré-aprovado com a Caixa e o Bradesco, no valor de R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões, respectivamente, ambos com prazo de cinco anos.
Analistas consideraram política a decisão dos bancos de conceder os empréstimos, já que a estatal não divulgou o balanço auditado de 2014 — o anúncio está prometido para a próxima quarta-feira. No caso do Bradesco, eles lembraram que a instituição indicou dois membros do Conselho de Administração da petroleira. Além disso, as agências de rating devem avaliar o risco que os bancos estão correndo ao disponibilizar quantias tão elevadas para um único cliente.
Neste mês, a companhia já havia assinado com o Banco de Desenvolvimento da China (CDB) um contrato de financiamento de US$ 3,5 bilhões (R$ 10,5 bilhões). A estatal tem autorização do Conselho para captar até US$ 19,1 bilhões de dólares ao longo de 2015.
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