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Corte de 25% na remuneração dos servidores volta à discussão nos bastidores do governo

Após a PEC de autoria da deputada Carla Zambelli, volta a tramitar a Proposta que pressiona redução de custos na administração
Comunicação Auditar
31 de julho de 2020 às 18:05

A equipe econômica do governo voltou a apontar como solução para a crise econômica do país a possiblidade de redução em até 25% da remuneração dos servidores. É isso que propõe a Proposta de Emenda à Constituição 438/2018, de autoria do deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), que permite corte, por um ano, de até 25% da jornada e dos salários de servidores públicos.

 

A retomada da tramitação da proposta, que estava parada desde 2018, foi uma sugestão do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e de integrantes da equipe econômica para lidar com a escassez de recursos e com o teto dos gastos públicos.

 

Pela proposta, o corte de 25% pode ocorrer quando o volume de empréstimos obtidos pelo governo superar suas despesas com investimentos e pagamento de amortização de dívidas. Essa é a segunda vez que o governo tenta fragilizar o serviço público, por meio de corte dos salários.

 

Além dessa proposta, há também outra de autorida da deputada federal Carla Zambelli, que foi nomeada pelo Governo como uma das vice-líderes na Câmara dos Deputados, que também visa reduzir em 25% os salários dos servidores públicos dos três Poderes da União, Estados e Municípios.

 

Para o presidente da Auditar, Wederson Moreira, os servidores devem ficar muito atentos, pois a ideia de redução salarial continua firme na pauta do governo e pode voltar à tona a qualquer momento, já que nesse cargo a parlamentar teria um poder maior de negociação. Moreira argumenta que a proposta da deputada garante uma economia ínfima ao Estado, com um ônus enorme aos servidores, o que não resolveria qualquer problema econômico do país.

 

“O corte de 25% nos salários dos servidores representaria um montante anual de aproximadamente R$ 8 bilhões aos cofres públicos. O valor cobriria cerca de 15% de uma parcela do auxílio emergencial, por exemplo, que está na casa do R$ 50,5 bilhões por mês. Esse discurso de redução salarial esconde, na verdade, uma intenção de fragilização do serviço público e do Estado”, declara.

 

A Auditar está atenta e trabalhando para que os servidores não sejam prejudicados, embora a PEC ainda não tenha sido protocolada. Juntamente com outras entidades das Carreiras, a Associação vem traçando estratégias para coibir qualquer tentativa de enfraquecimento do serviço público.

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