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Polêmica sobre gastos irrita Dilma

Planalto reage à acusação de que despesas com a Copa chegariam a R$ 1,1 bilhão
Folha de São Paulo
24 de junho de 2013 às 15:56

Uma matéria publicada no site Uol, da Folha de São Paulo, causou enorme polêmica entre membros do governo e irritou profundamente a presidente Dilma Rousseff, que determinou ao Gabinete de SegurançaInstitucional da Presidência da República que respondesse às afirmações da matéria e enviasse um link com o texto da Presidência a todos os jornais do País.

 

A irritação da presidente e a pressa do Planalto em desmentir as afirmações da matéria se deve ao fato de que o texto mexe justamente com o tema que temlevado milhões às ruas no país: os gastos do governo federal com a Copa do Mundo. Segundo a matéria, ao contrário do que afirmou Dilma no pronunciamento de sexta-feira, há dinheiro federal em obras de estádios da Copa de 2014. E não é pouco. Somados os incentivos fiscais, subsídios em empréstimose até participação em arenas, a União já comprometeu cerca de R$ 1,1 bilhão com os locais para jogos do Mundial.

 

Em cadeia nacional, Dilma afirmou que: “Em relação à Copa, quero esclarecer que o dinheiro do governo federal, gasto com as arenas, é fruto de financiamento que será devidamente pago pelas empresas e governos que estão explorando estes estádios. Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a Saúde e a Educação”. Diz a matéria que causou desgosto ao Planalto que não é bem assim. Os empréstimos para as obras das arenas foram concedidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) com juros subsidiados, ou seja, mais baixos que o normal.

 

Para facilitar a construçãodos estádios e outras obras para o Mundial, o banco estatal abriu mão de R$ 189 milhões, valor que poderia ser aplicado em outros financiamentos para outros projetos. Esse cálculo foi feito por uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União). O órgão também já identificou que as isenções de impostos federais concedidas pelo governo às construtoras responsáveis pelas obras dos estádios da Copa somam R$ 329 milhões. Segundo o Planalto, a matéria distorce informações, faz relações incorretas e induz o leitor a uma interpretação errada dos fatos.

 

A nota assinada pelos ministros do Esporte, Aldo Rebelo, edo Planejamento e Gestão, Miriam Belchior, afirma que não há um centavo do Orçamento daUnião direcionado à construção ou reforma das arenas para a Copae que a linha de empréstimo, via BNDES, com juros e exigência de todas as garantias bancárias, como qualquer outra modalidade de crédito do banco. Afirma ainda que isenções fiscais não podem ser consideradas gastos, porque alavancam geração de empregos e desenvolvimento econômico e social.

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